sábado, 17 de setembro de 2011

Caminho de São Paulo

O chamado Caminho Geral do Sertão, Caminho dos Paulistas ou Caminho de São Paulo, era a mais antiga via de acesso ao sertão das Minas Gerais, à época do Brasil Colônia, através da qual haviam passado as inúmeras bandeiras até os afluentes superiores do rio São Francisco. O Caminho de São Paulo foi objeto de muitos relatos, entre eles o Itinerário de Glimmer e o Roteiro do Padre Faria, que o denomina como Estrada Real do Sertão.

Originado numa antiga trilha indígena, percorrida pelos índios Guaianases, era primitivamente conhecida como Trilha dos Guaianases.

O trajeto iniciava-se na altura da atual Jundiaí, passava por São Paulo de Piratininga e alcançava as margens do rio Paraíba do Sul, onde, em função do garimpo, se constituíram diversos arraiais - Mogi das Cruzes (que posteriormente declinaria em favor de Guarulhos, gerando uma variante do percurso), Jacareí, Taubaté, Pindamonhangaba e Guaratinguetá, que até ao século XVIII se constituiu o maior entrocamento viário da região Centro-Sul da Colônia. Deste ponto, o caminho se bifurcava:

Estes dois percursos formavam o chamado Caminho Velho das Minas, ligando o Rio de Janeiro a Paraty, Paraty a Guaratinguetá, e Guaratinguetá a Vila Rica (hoje Ouro Preto).

A via afirmou-se de maneira mais ou menos espontânea com a intensificação das incursões dos paulistas. O rio Paraíba do Sul era navegável de Jacareí a Cachoeira Paulista, o que facilitou o trânsito na região. As principais mercadorias transportadas eram tropas de muares, comboios de escravos e boiadas. Além desses itens, das vilas paulistas era remetido gado bovino, toucinho, aguardente, açúcar, milho, trigo, marmelada, frutas, panos, calçados, drogas e remédios, algodão e outros. Do reino provinham sal, ferramentas (enxadas, almocafres, etc.), armas, azeite, vinagre, vinho e aguardente. A cidade de Lorena, por exemplo, nasceu em função da travessia do rio, pelo porto fluvial de Guaypacaré.

Com a abertura do Caminho Novo, por Magé e Petrópolis, na Capitania do Rio de Janeiro, a ligação entre Guaratinguetá e o Caminho Velho, para Minas Gerais, ficou obsoleta. Entretanto, em Santa Anna e em Conceição (Guarulhos), ainda era praticado um caminho por São Pedro, Sapucaí e a Serra de Mogi-Açu, percurso mais curto para os paulistas atingiram as Minas Gerais e as trilhas para Goiás e Mato Grosso.

Em 1717, o Governador da Capitania de São Paulo e Minas de Ouro, D. Pedro de Almeida, o Conde de Assumar, viajou por roteiro semelhante, do Rio de Janeiro a São Paulo, passando daí às Minas.

Em meados do século XVIII, com a abertura de caminhos terrestres diretamente para o Rio de Janeiro, o Caminho de São Paulo passou a ter variantes, como:


À época do Primeiro Reinado, o percurso iniciava-se em São Paulo, prosseguindo por Santa Anna (atual bairro de Santana), Conceição (Guarulhos), Escada (Guararema), Jacarahi (Jacareí), S. José (São José dos Campos), Tubate (Taubaté), Pindaminhaguba (Pindamonhangaba), Guratinguito (Guaratinguetá), Piedº (Lorena) e Guarda do Coutinho (Porto Seco).
Fonte: http://migre.me/5IzzO 

Nota: SEM COMENTÁRIOS!!!!!!
1) O Caminho de São Paulo foi objeto de muitos relatos, entre eles o Itinerário de Glimmer e o Roteiro do Padre Faria, que o denomina como Estrada Real do Sertão
(V)
2) Originado numa antiga trilha indígena, percorrida pelos índios Guaianases, era primitivamente conhecida como Trilha dos Guaianases. 
(V)
3) Guaratinguetá, que até ao século XVIII se constituiu o maior entrocamento viário da região Centro-Sul da Colônia. Deste ponto, o caminho se bifurcava: 
(V)
4) Inflectindo para o Norte, para a serra da Mantiqueira, atravessando-a pela Garganta do Embaú, prosseguindo até atingir a região do rio das Velhas
(V)
4) O rio Paraíba do Sul era navegável de Jacareí a Cachoeira Paulista.
(?)
5) Em meados do século XVIII, com a abertura de caminhos terrestres diretamente para o Rio de Janeiro, o *Caminho de São Paulo passou a ter variantes, como: " a trilha que seguia por Cachoeira Paulista......)
(V)

Obs: catadupa (ca-ta-du-pa) s. f. Queda de grande volume de água corrente. (Sin.: cachoeira, catarata e salto.)   fonte: http://migre.me/5IAf4

                                       Foto: crédito - Adré (Lorena-SP)

 "A verdade é filha do tempo, não da autoridade." (Francis Bacon)


 

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