Gustavo Werneck -
Publicação: 20/02/2011 07:09
Atualização: 20/02/2011 08:15
População quer que bem cultural seja protegido pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha) |
A Serra do Curral é
muito mais do que símbolo de Belo Horizonte, cartão-postal cheio de
charme e testemunha do crescimento urbano. De forma surpreendente, por
ser alvo de tanta degradação, atividades minerárias e especulação
imobiliária, ela ainda guarda tesouros escondidos e prontos para
desafiar pesquisadores e autoridades do patrimônio cultural. É o caso de
um muro de pedras, com mais de dois quilômetros de extensão, que se
estende no alto da Região Leste e agora recebe atenção especial do
Ministério Público Estadual e do Laboratório de Arqueologia da UFMG, a
pedido de um grupo cultural e ecológico do Bairro Saudade. Há várias
hipóteses para a existência do monumento e, por enquanto, apenas uma
certeza: se estudado a fundo, o muro poderá lançar mais luzes sobre os
primórdios da cidade, nos tempos do Arraial de Curral del Rey, e
fortalecer a história de BH desde então.
Ver de perto o muro de pedras da Serra do Curral, depois de uma caminhada bem puxada morro acima, está próximo de uma emoção forte. E inesquecível. Num dia de sol pleno, como ocorreu na quarta-feira, é como se Belo Horizonte resplandecesse, ao longe, protegida por uma muralha de hematita entremeada por flores roxas e amarelas e os cáctus típicos da vegetação no Quadrilátero Ferrífero. Empenhado na defesa desse patrimônio histórico e paisagístico, o Movimento Comunitário, Cultural, Esportivo e Ecológico Saudade e Adjacências, da Região Leste, buscou apoio no Ministério Público Estadual (MPE), via Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico/MG (CPPC), pedindo providências a favor do tombamento e contra as ameaças de degradação. De imediato, o promotor de Justiça e coordenador do CPPC, Marcos Paulo de Souza Miranda, organizou uma expedição ao local, incluindo a sua equipe de historiadores e um arqueólogo da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Ver de perto o muro de pedras da Serra do Curral, depois de uma caminhada bem puxada morro acima, está próximo de uma emoção forte. E inesquecível. Num dia de sol pleno, como ocorreu na quarta-feira, é como se Belo Horizonte resplandecesse, ao longe, protegida por uma muralha de hematita entremeada por flores roxas e amarelas e os cáctus típicos da vegetação no Quadrilátero Ferrífero. Empenhado na defesa desse patrimônio histórico e paisagístico, o Movimento Comunitário, Cultural, Esportivo e Ecológico Saudade e Adjacências, da Região Leste, buscou apoio no Ministério Público Estadual (MPE), via Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico/MG (CPPC), pedindo providências a favor do tombamento e contra as ameaças de degradação. De imediato, o promotor de Justiça e coordenador do CPPC, Marcos Paulo de Souza Miranda, organizou uma expedição ao local, incluindo a sua equipe de historiadores e um arqueólogo da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).