Resumo - Este trabalho se orientou pelos desafios impostos à escola e à educação, no sentido de combater a violência e a barbárie no aspecto amplo e cultural. Nesse sentido, as contribuições da teoria crítica da Escola de Frankfurt apresentam-se fundamentais para
refletir sobre as (im) possibilidades do intento, em face das demandas por educação e tecnologia emergentes na sociedade atual.
refletir sobre as (im) possibilidades do intento, em face das demandas por educação e tecnologia emergentes na sociedade atual.
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A humanidade deve centrar seus esforços em promover estudos e pesquisas que investiguem o porquê de o conhecimento, a cultura e o desenvolvimento tecnológico, na maioria das vezes, não se fazer acompanhar pelo desenvolvimento verdadeiramente humano e autônomo, tanto no aspecto subjetivo quanto objetivo (Horkheimer e Adorno, 1985)
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A violência se apresenta como a ignorância humana em todos os sentidos, inclusive por atitudes aparentemente racionais justificadas em nome da razão. Qualquer tipo de atitude agressiva torna-se barbárie se acontecer em nome do poder, do domínio e do interesse pessoal ou grupal desprovido de valores humanistas, como o investimento em pesquisas científicas para aumentar o poderio de armamento bélico ou atividades tecnológicas que não visam à emancipação e ao combate às injustiças sociais.
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O preconceito e a intolerância não serão combatidos na infância enquanto se manifestam nos brinquedos e brincadeiras infantis (armas, jogos extremamente competitivos e violentos, bonecas que apresentam um estereótipo que leva crianças a buscarem um padrão rígido de beleza, como a boneca Barbie, são exemplos).
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Ao que parece, a banalização da violência implica a banalização dos afetos e dos sentimentos, sobretudo do medo. Na violência como espetáculo, o medo torna-se ausente na falta de conexão com o sentimento de perplexidade diante da morte, tornando-a sem valor. Supostamente, ocorre uma indiferença em relação à morte. O que favorece a frieza humana, pelo hábito de conviver pacificamente com a violência. O afeto se torna ausente pela repetição compulsiva da violência, levando a criança à adaptação, à frieza
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Da ausência de objetos valorativos na estória de Fita Verde, emerge a reflexão acerca da importância das identificações culturais na infância. Combater a frieza, a indiferença em relação à violência, e sua banalização apresentada nas mais diferentes versões, é primordial (Teixeira apud Zanolla, 2007a). Para impedir a prevalência da perversão, versão subjetiva da barbárie, é preciso combater a frieza em favor do sentimento. Bem e mal são valores contraditórios, mas são importantes para que as crianças possam vivenciar e elaborar o medo como condição de sobrevivência social. Isso possibilita à criança lidar com a frustração e o limite diante da satisfação de necessidades ou da renúncia aos seus instintos mais agressivos. Mais que combater a indiferença é necessário tentar responder como a criança e os jovens identificam o significado dos diferentes conteúdos, ou melhor, como se percebem na ausência de referências, desprovidas de conflitos valorativos.
Fonte: http://migre.me/5TJbZ