ECOS EM SÃO PAULO DA GUERRA DOS EMBOABAS. ORGANIZAÇÃO DA COLUNA DE AMADOR BUENO DA VEIGA VINGADORA DO MORTICÍNIO DO CAPÃO DA TRAIÇÃO. MALOGRO DESTA EXPEDIÇÃO. A HÁBIL POLÍTICA DE ANTÔNIO DE ALBUQUERQUE COELHO DE CARVALHO. PACIFICAÇÃO DOS ESPÍRITOS. A CRIAÇÃO DA CAPITANIA DE SÃO PAULO E MINAS DO OURO. ELEVAÇÃO DE SÃO PAULO A CIDADE CAPITALA TENSÃO de relações entre paulistas e emboabas reflete-se nítida nas Atas da Câmara de São Paulo e pela primeira vez em fins de 1707. Os primeiros ecos nos acontecimentos sanguinolentos das Minas Gerais ressoam nas Atas a 15 de fevereiro de 1709. Lança a Câmara Paulistana alto brado de solidariedade, em solene e orgulhosa atestação dos direitos de sua gente sobre aquele território “nossa conquista”. Apelava para o veredicto de uma assembléia popular.
Foi então que “a instância e requerimento no Povo, todos universalmente e todos por uma voz, elegeram por cabo universal para qualquer invasão e defensa da pátria, bem comum dela e sua conservação ao Capitão Amador Bueno da Veyga, a quem haviam de obedecer como a seu cabo maior em tudo o que fosse em prol do que assim ficava dito”. Cento e dezessete cidadãos acompanharam a Câmara. A assinatura de Amador Bueno da Veiga, o eleito Cabo Maior, foi a primeira que surgiu após as dos oficiais. A ela se seguiram as de muitos homens notáveis do bandeirantismo.
Curiosas as declarações restritivas de dois personagens da mais alta importância, em uma república: Pedro Taques de Almeida que declarou “assino constrangido” e Manuel Bueno da Fonseca que ainda mais longe foi: “Assino constrangido e molestado”.
Quatro meses decorreram antes de se porem os paulistas em marcha para o revide do morticínio no Capão da Traição.
Interessante a declaração que Amador Bueno da Veiga deixou perante os camaristas. À expedição qualificava de “viagem para as Minas por bem da pátria”. A 24 de agosto clamou a câmara à sua presença o Cabo Maior e fez-lhe observações graves. Levaram estas o caudilho a compromissos sérios, tendentes a demonstrar que acima de tudo eram os paulistas leais vassalos de Sua Majestade. Sabedor no que ocorria com São Paulo alvorotou-se o recém-nomeado Capitão-General Antônio de Albuquerque Coelho de Carvalho, a quem incumbira D. João V a pacificação na zona mineira. Empossado do governo, a 11 de junho de 1709, no Rio de Janeiro, partiu imediatamente para as Minas. Ali, como se sabe, obteve a submissão de Nunes Viana, excluído, aliás, da anistia régia, indo então a São Paulo, a ver se conseguia aplacar a justa ira dos paulistas.
Foi então que em Guaratinguetá encontrou acampado o corpo de exército de Amador Bueno da Veiga. Não conseguindo desarmar os paulistas, e receoso de desacato, retirou-se para o Rio de Janeiro. Fracassou, porém, como tanto é sabido, a campanha de Amador Bueno ante a resistência dos emboabas assediados no Rio das Mortes mais tarde São João d’El-Rei. Hábil político de largas vistas começou Albuquerque a entabolar negociações com a Câmara de São Paulo a quem enviou um retrato de D. João V. Era El-Rei que, embora em efígie, visitava os seus bons vassalos. Assegurava-lhes anistia geral e proteção, para que no território mineiro, por eles descoberto, garantias houvesse, plenas, para todos os súditos da Monarquia. A 22 de agosto escrevia D. João V ao seu delegado longa carta sobre a guerra dos Emboabas e seu feliz término. Fonte pesquisada no dia 09 de fevereiro de 2012: http://migre.me/7RKfK
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Curiosas as declarações restritivas de dois personagens da mais alta importância, em uma república: Pedro Taques de Almeida que declarou “assino constrangido” e Manuel Bueno da Fonseca que ainda mais longe foi: “Assino constrangido e molestado”.
Quatro meses decorreram antes de se porem os paulistas em marcha para o revide do morticínio no Capão da Traição.
Interessante a declaração que Amador Bueno da Veiga deixou perante os camaristas. À expedição qualificava de “viagem para as Minas por bem da pátria”. A 24 de agosto clamou a câmara à sua presença o Cabo Maior e fez-lhe observações graves. Levaram estas o caudilho a compromissos sérios, tendentes a demonstrar que acima de tudo eram os paulistas leais vassalos de Sua Majestade. Sabedor no que ocorria com São Paulo alvorotou-se o recém-nomeado Capitão-General Antônio de Albuquerque Coelho de Carvalho, a quem incumbira D. João V a pacificação na zona mineira. Empossado do governo, a 11 de junho de 1709, no Rio de Janeiro, partiu imediatamente para as Minas. Ali, como se sabe, obteve a submissão de Nunes Viana, excluído, aliás, da anistia régia, indo então a São Paulo, a ver se conseguia aplacar a justa ira dos paulistas.
Foi então que em Guaratinguetá encontrou acampado o corpo de exército de Amador Bueno da Veiga. Não conseguindo desarmar os paulistas, e receoso de desacato, retirou-se para o Rio de Janeiro. Fracassou, porém, como tanto é sabido, a campanha de Amador Bueno ante a resistência dos emboabas assediados no Rio das Mortes mais tarde São João d’El-Rei. Hábil político de largas vistas começou Albuquerque a entabolar negociações com a Câmara de São Paulo a quem enviou um retrato de D. João V. Era El-Rei que, embora em efígie, visitava os seus bons vassalos. Assegurava-lhes anistia geral e proteção, para que no território mineiro, por eles descoberto, garantias houvesse, plenas, para todos os súditos da Monarquia. A 22 de agosto escrevia D. João V ao seu delegado longa carta sobre a guerra dos Emboabas e seu feliz término. Fonte pesquisada no dia 09 de fevereiro de 2012: http://migre.me/7RKfK
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Mapa:
Apresentando o Estado Político da Capitania de São Paulo em 1766, foi
elaborada esta carta, com particular atenção aos limites com Minas
Gerais. Alto da Serra, Núcleo Embrião de Piquete. http://migre.me/9l8lz
Nota: Em se tratando de caminho percorrido, parafraseando; a Coluna de Amador Bueno da Veiga em marcha para revide, em demanda do Capão da Traição, uma “viagem para as Minas por bem da pátria”, havendo seu corpo de exército acampado em Guaratinguetá, bem como, no que diz respeito a transposição da Serra da Mantiqueira. É possível desconsiderar que o caminho consolidado, no qual veio a se instalar o registro de Itajubá, Alto da Serra, pertencente à comarca do Rio das Mortes não fosse o caminho a ser percorrido? Assim como fora, o indigitado caminho, percorrido por Antônio de Albuquerque Coelho de Carvalho, quando da ida a região do conflito, objetivando a pacificação dos espíritos. Ou seja, via Garganta do Sapucaí, Estrada Real do Sertão, Caminho Geral do Sertão, necessariamente, pelo Núcleo Embrião de Piquete, nas palavras de Rocha Pombo, "veredas das brumas das terras ermas."
Ou via, Vale do Embaú, pelo Registro (Piquete) e Conceição do Embaú (Cruzeiro).