Em carta ao Secretário de Negócios da Marinha e Ultramar, Francisco Xavier de Mendonça Furtado, o vice-rei afirma que por conta do “miserável estado a que se achava reduzida”, pela falta de governo e pela proximidade da cidade de São Paulo com o novo descoberto de São João de Jacuri, Sua Majestade decidira nomear a D. Luís Antônio de Souza para governador e capitão-general de São Paulo, que governaria a capitania entre 1765 e 17754. Dentre as suas atribuições estava a definição dos limites com Minas Gerais e Goiás além de sua recuperação, dado o miserável estado em que se encontrava5
A transferência dos interesses portugueses para o centro-sul, por causa das minas, os conflitos de fronteira com os espanhóis e as demandas dos comerciantes de São Paulo fizeram com que o seu governo fosse restaurado.
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Em ofício ao Rei de 1 de dezembro de 1767, D. Luís Antônio se queixa da desordem e decadência que encontra na capitania que irá governar: das tropas não encontra mais do que ordenanças que, embora tivessem seus capitães-mores estavam “faltas de disciplina e de obediência pela dispersão em que vivem os Povos, e pelo dos costumes”. As povoações são todas pequenas e sem nenhum modo de ganhar a vida, “os campos incultos, tudo coberto de mata brava, a lavoura por mau método, pois só se planta em mato virgem”, pela repugnância que têm os lavradores de se sujeitarem ao trabalho de “cultivarem os campos como nesse Reino. Apenas colhe cada um para o seu sustento próprio muito pouco sobra para se vender ao público”. Ninguém aproveita os recursos do país, diz o governador, achando-se o povo “reduzido à mais lastimosa pobreza”. Não encontra o governador a população assentada em vilas e cidades como gostaria, afirmando que a: dispersão que se costuma habitar não possibilita a devida civilidade nem a necessária Doutrina Espiritual, pois procede que esquecidos os homens das obrigações com que nasceram, seguem a desordem natural dos seus costumes, uns adormecendo-se nos vícios, outros cometendo delitos, de que todos os dias se ouviam as tristes notícias6
..............................................................................................Fonte:http://www.museuartesacra.org.br/artigo_amilcar.pdf