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Eu e os doze portugueses de quem falei nos despedimos do capitão, preferindo seguir em direção ao mar do Sul do que voltar sem nada. Os nomes dos portugueses eram: Francisco Tavares, Luís de Pina, Gonçalo Fernandes, Tomás do Vale, Luís Coelho, Matias de Galo, João da Silveira, Pedro da Costa, Antônio Fernandes, Jorge Dias, Manuel Caldeira 2 e eu mesmo, Anthony Knivet. Depois que deixamos o capitão, fizemos uma canoa bem grande da casca de uma árvore e começamos a descer um rio chamado Jaguari(3) Uma semana depois chegamos a uma pequena aldeia de seis casas que parecia estar há muito desabitada.
Notas:
1. Knivet e seus companheiros pretendiam fazer o mesmo que os japoneses do navio de Cavendish: atravessar o continente até atingir as lendárias riquezas do Peru, no mar do Sul. Andrew Battell, inglês que esteve no Brasil e na África, indicara o caminho por todos desejado: “Da cidade de Buenos Aires chegam todo o ano quatro ou cinco caravelas à Bahia, no Brasil, e a Angola, na África, que trazem grande carregamento de tesouros, que é transportado, por terra, do Peru até o rio da Prata.” 2. No original “Lewes de Pino, Tomas Delvare, Lewis Loello, Matheas del Galo, John de Silvesa, Petro de Casta, Gorgedias”.
3.No original “Janary”. Segundo Teodoro Sampaio, após abandonarem a canoa, seguiram na confluência do Jaguary com o Camanducaia, próximo à atual cidade mineira de Santa Rita da Extrema.
Fonte: http://www.zahar.com.br/doc/t1115.pdf
Obs:
1) "A primeira citação de Paraty e da trilha dos guaianás em um documento escrito apareceu apenas nos relatos do aventureiro inglês Anthony Knivet, de 1597. Ele seguiu na expedição de 2.700 homens, comandada por Martim Corrêa de Sá, pela trilha dos guaianás para aprisionar índios e descobrir tesouros escondidos por trás do paredão verde da serra. (http://migre.me/7Z6bM)
2) "Os cronistas referem-se a estes como habitantes de beira-mar. Knivet, porém, diz que da ilha Grande subiam a serra do Mar a buscar escravos quando lhes encomendavam. A afirmação comprova-se pela. existência da estrada do Facão, em cuja margem demora a cidade do Cunha, estrada que precedeu a invasão portuguesa." (Fonte: http://migre.me/7Z6qv)
3) No estado de São Paulo há um outro rio também chamado Jaguari, afluente da margem esquerda do Rio Paraíba do Sul e que atravessa os municípios de Santa Isabel, Igaratá e Jacareí.(Fonte:http://migre.me/7Zl69)
3.1) Os principais afluentes do rio Paraíba do Sul são o Jaguari, o Buquira, o Paraibuna, o Piabanha, o Pomba e o Muriaé. Esses dois últimos são os maiores e deságuam, respectivamente, a 140 e a 50 quilômetros da foz. Entre os sub-afluentes, está o rio Carangola, importante rio da bacia do rio Paraíba do Sul, posto que serve a duas unidades da federação, o Estado de Minas Gerais e o Estado do Rio de Janeiro. (Fonte: http://migre.me/7Zl7T).
Parafraseando: Por uma questão de lógica, o roteiro em questão possibilita algumas considerações: a) Tendo em vista o fato de haver Anthony Knivet, sido escravizado por 10 anos pelos Correa de Sá, a dinastia que por tantos anos governou o Rio de Janeiro. Os quais tiveram envolvimento direto na confederação dos Tamoios. b) Havendo registro que subiram por Parati e Cunha. c) Estando eu fazendo essas considerações, exatamente da cidade de Extrema-MG, uma vez que, exerço minhas atividades nessa região faz mais de 11 anos, havendo permanecido por 09 anos em Cambuí-MG, o que me obriga a transpor o jaquari, assim como transitar pelo vale do camaducaia, posso afirmar "data maxima venia" . que, Teodoro Sampaio equivocou-se. Em definitivo, o desdobramento natural dos fatos conduz para assertiva seguinte, o jaguari em questão, não pode ser outro, senão, o da confluência com o Paraíba, pela margem esquerda, no trecho do caminho dos paulistas, no mesmo contexto em que se dá a confluência do rio Buquira e rio Paraibuna. Assim sendo, existe dúvida de que o percurso navegado tenha sido pelo rio Paraíba abaixo, até o limite de sua navegabilidade. E que a pequena aldeia existente no local onde aportaram era a aldeia de Guaipacaré. Sendo certo que, Guaratinguetá era a localidade em que, o caminho Velho, encontra-se com o caminho dos Paulista, caminho geral do Sertão etc. Tomado de indizível felicidade, deixando de lado, os aspectos mirabolantes, na identificação do roteiro de Guilherme Glymmer. Com absoluta certeza, o mesmo trilhado, à partir do Paraíba do Sul, por Anthony Knivet, reservando me por ora, ao aspecto que resolve a questão do rio Jaguari, passo a transcrever:
Por sugestão de Capistrano de Abreu, Orville Derby fez um estudo sobre o roteiro descrito por Guilherme Glymmer, inserido na obra de Margraff, a fim de identificá-lo no terreno:
"Os dois rios que deram acesso ao Parayba eram indubitavelmente o Paratehy e o Jaguary. A Serra de Guarimunis, ou Marumiminis, é a atualmente conhecida pelo nome de Itapety, perto de Mogy das Cruzes, sendo possível que estes nomes antigos ainda sejam conservados no uso local. A referência a minas de ouro nesta serra talvez seja um acréscimo na ocasião de redigir o roteiro; mas é certo que em 1601, havia, desde uns dez ou doze anos, mineração nas vizinhanças de S. Paulo, e que antes de 1633, quando foi publicada a edição latina da obra de João de Láet, em que vem a enumeração das minas paulistas, a houve na localidade aqui mencionada. A referência aos campos, ao longo do primeiro destes rios, é, talvez, um caso de confusão com os do Rio Paraíba, visto que, conforme informações dos ajudantes da Comissão Geográfica e Geológica, que ultimamente levantaram a planta do vale do Paratehy, ali não existem campos notáveis. O rio então conhecido pelo nome de Rio de Sorobis, bem que a sua identidade com o Parahyba do litoral já era suspeitada, foi alcançado na foz do Jaguary, em frente da atual cidade de São José dos Campos. Nota-se que, já nessa época, era conhecido o curso excêntrico do alto Parahyba. Depois de 15 ou 16 dias de viagem o rio foi abandonado no começo da seção encachoeirada, perto da atual cidade da Cachoeira, e a bandeira galgou a Serra da Mantiqueira, seguindo um pequena rio que, muito provavelmente, era o Passa Vinte, que desce da garganta que depois serviu para a passagem da estrada dos mineiros e hoje para a da estrada de ferro Minas e Rio. Passando o alto da Serra, a bandeira entrou na região dos pinheiros, que os naturalistas holandeses (que evidentemente não conheceram a Araucária, desconhecida no Norte do Brasil) julgaram, pela descrição de Glimmer, que eram Sapucaias.
Fonte: http://migre.me/7ZTzZ
Fonte: http://www.zahar.com.br/doc/t1115.pdf
Obs:
1) "A primeira citação de Paraty e da trilha dos guaianás em um documento escrito apareceu apenas nos relatos do aventureiro inglês Anthony Knivet, de 1597. Ele seguiu na expedição de 2.700 homens, comandada por Martim Corrêa de Sá, pela trilha dos guaianás para aprisionar índios e descobrir tesouros escondidos por trás do paredão verde da serra. (http://migre.me/7Z6bM)
2) "Os cronistas referem-se a estes como habitantes de beira-mar. Knivet, porém, diz que da ilha Grande subiam a serra do Mar a buscar escravos quando lhes encomendavam. A afirmação comprova-se pela. existência da estrada do Facão, em cuja margem demora a cidade do Cunha, estrada que precedeu a invasão portuguesa." (Fonte: http://migre.me/7Z6qv)
3) No estado de São Paulo há um outro rio também chamado Jaguari, afluente da margem esquerda do Rio Paraíba do Sul e que atravessa os municípios de Santa Isabel, Igaratá e Jacareí.(Fonte:http://migre.me/7Zl69)
3.1) Os principais afluentes do rio Paraíba do Sul são o Jaguari, o Buquira, o Paraibuna, o Piabanha, o Pomba e o Muriaé. Esses dois últimos são os maiores e deságuam, respectivamente, a 140 e a 50 quilômetros da foz. Entre os sub-afluentes, está o rio Carangola, importante rio da bacia do rio Paraíba do Sul, posto que serve a duas unidades da federação, o Estado de Minas Gerais e o Estado do Rio de Janeiro. (Fonte: http://migre.me/7Zl7T).
Parafraseando: Por uma questão de lógica, o roteiro em questão possibilita algumas considerações: a) Tendo em vista o fato de haver Anthony Knivet, sido escravizado por 10 anos pelos Correa de Sá, a dinastia que por tantos anos governou o Rio de Janeiro. Os quais tiveram envolvimento direto na confederação dos Tamoios. b) Havendo registro que subiram por Parati e Cunha. c) Estando eu fazendo essas considerações, exatamente da cidade de Extrema-MG, uma vez que, exerço minhas atividades nessa região faz mais de 11 anos, havendo permanecido por 09 anos em Cambuí-MG, o que me obriga a transpor o jaquari, assim como transitar pelo vale do camaducaia, posso afirmar "data maxima venia" . que, Teodoro Sampaio equivocou-se. Em definitivo, o desdobramento natural dos fatos conduz para assertiva seguinte, o jaguari em questão, não pode ser outro, senão, o da confluência com o Paraíba, pela margem esquerda, no trecho do caminho dos paulistas, no mesmo contexto em que se dá a confluência do rio Buquira e rio Paraibuna. Assim sendo, existe dúvida de que o percurso navegado tenha sido pelo rio Paraíba abaixo, até o limite de sua navegabilidade. E que a pequena aldeia existente no local onde aportaram era a aldeia de Guaipacaré. Sendo certo que, Guaratinguetá era a localidade em que, o caminho Velho, encontra-se com o caminho dos Paulista, caminho geral do Sertão etc. Tomado de indizível felicidade, deixando de lado, os aspectos mirabolantes, na identificação do roteiro de Guilherme Glymmer. Com absoluta certeza, o mesmo trilhado, à partir do Paraíba do Sul, por Anthony Knivet, reservando me por ora, ao aspecto que resolve a questão do rio Jaguari, passo a transcrever:
Por sugestão de Capistrano de Abreu, Orville Derby fez um estudo sobre o roteiro descrito por Guilherme Glymmer, inserido na obra de Margraff, a fim de identificá-lo no terreno:
"Os dois rios que deram acesso ao Parayba eram indubitavelmente o Paratehy e o Jaguary. A Serra de Guarimunis, ou Marumiminis, é a atualmente conhecida pelo nome de Itapety, perto de Mogy das Cruzes, sendo possível que estes nomes antigos ainda sejam conservados no uso local. A referência a minas de ouro nesta serra talvez seja um acréscimo na ocasião de redigir o roteiro; mas é certo que em 1601, havia, desde uns dez ou doze anos, mineração nas vizinhanças de S. Paulo, e que antes de 1633, quando foi publicada a edição latina da obra de João de Láet, em que vem a enumeração das minas paulistas, a houve na localidade aqui mencionada. A referência aos campos, ao longo do primeiro destes rios, é, talvez, um caso de confusão com os do Rio Paraíba, visto que, conforme informações dos ajudantes da Comissão Geográfica e Geológica, que ultimamente levantaram a planta do vale do Paratehy, ali não existem campos notáveis. O rio então conhecido pelo nome de Rio de Sorobis, bem que a sua identidade com o Parahyba do litoral já era suspeitada, foi alcançado na foz do Jaguary, em frente da atual cidade de São José dos Campos. Nota-se que, já nessa época, era conhecido o curso excêntrico do alto Parahyba. Depois de 15 ou 16 dias de viagem o rio foi abandonado no começo da seção encachoeirada, perto da atual cidade da Cachoeira, e a bandeira galgou a Serra da Mantiqueira, seguindo um pequena rio que, muito provavelmente, era o Passa Vinte, que desce da garganta que depois serviu para a passagem da estrada dos mineiros e hoje para a da estrada de ferro Minas e Rio. Passando o alto da Serra, a bandeira entrou na região dos pinheiros, que os naturalistas holandeses (que evidentemente não conheceram a Araucária, desconhecida no Norte do Brasil) julgaram, pela descrição de Glimmer, que eram Sapucaias.
Fonte: http://migre.me/7ZTzZ
Fonte: http://migre.me/b29N9 - Apresentando o Estado Político da Capitania de São Paulo em 1766, foi elaborada esta carta, com particular atenção aos limites com Minas Gerais.