Mapa: 01
Mapa: 2
- Alto da Serra, Núcleo Embrião de Piquete, Serra de Jaguamimbaba, entrada para o Sertão do Oeste.
Mapa (1) http://migre.me/8kUPn
Fonte: http://migre.me/8kUZp
Mapa (2) http://migre.me/8lGZb
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(Transcrição) - Não pode ser posto em dúvida que d. Francisco de Souza mandou ao sertão André de Leão e mais companhia descobrir minas. Ele transportou-se da Bahia a S. Paulo com o intuito de partindo do Sul, descobrir os metais preciosos que os irmãos João Coelho de Souza e Gabriel Soares de Souza não tinham conseguido achar partindo do Norte.
Chegando a S. Paulo, com todo o seu aparato de governador geral do Brasil, tomou todas as providências para tal descobrimento, promovendo a entrada com os elementos paulistas.
A prova está no regimento, que em S. Paulo deu a Diogo Gonçalves Lasso, a 19 de julho de 1601, publicado no Registro Geral da Câmara da Vila de S. Paulo no volume 1º, págs. 123 a 126, no qual por duas vezes o governador geral expressamente se refere a uma entrada, confiada a André de Leão, nos seguintes termos:
... "Sendo caso com o favor de Deus e da Virgem Nossa Senhora de Monserrate venha recado de serem achadas as minas de prata, que 'André de Leão' com mais companhia foi buscar, logo ordenareis de me avisardes com recado e cartas que trouxerem"... "mando ao capitão Roque Barreto e ao provedor Pedro Cubas vos dêem... embarcação no porto de Santos por conta da fazenda de Sua Majestade e todo o mais aviamento necessário que se lhes pedir e requerer para o efeito de se mandar este aviso e entretanto"... "sucedendo que 'André de Leão', ou pessoa que em seu lugar servir, vos peça algum favor para bem das ditas minas a que o mando, por lhe ser necessário, por causa do gentio inimigo que lá se achar, logo procurareis de o socorrer com a gente desta capitania... como também pedireis ajuda e ... ao dito capitão Roque Barreto (e) vilas de Santos e S. Vicente..."
Esse "regimento" está muito estragado pelas traças, mas conserva frases suficientes para se concluir que d. Francisco de Souza mandou André de Leão e mais companhia descobrir e buscar determinadas minas, as minas de prata. Estava ele tão seguro de as achar que determinava ao seu capitão Gonçalves Lasso e às autoridades locais todas as providências necessárias, mesmo por conta de Sua Majestade, para que a notícia do descobrimento lhe fosse levada onde ele estivesse.
No tempo em que, vindo da Bahia, d. Francisco de Souza, esteve pela primeira vez em S. Paulo, aí vivia Guilherme Glymmer, flamengo, que tomou parte em uma expedição ao sertão e que dela fez uma descrição, que encontrou abrigo na obra de P. Marcgrave – História Botânica do Brasil – nos termos seguintes:
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Tendo descido este rio maior, em dois dias, encontramos outro ainda muito maior, que nasce no lado setentrional da Serra de Paranapiacaba (assim como o Anhembi nasce no lado austral da mesma Serra), e correndo, a princípio, para o Ocidente, na mesma direção dos montes, depois, formando um cotovelo, se encaminha por algum tempo para o Norte, e, afinal, como geralmente se crê, se lança no Oceano entre o Cabo Frio e a Capitania de Espírito Santo; chama Rio de Sorobis e é abundantíssimo em peixes, tanto grandes como pequenos. Descendo também este rio, durante quinze ou dezesseis dias, chegamos a uma catarata, onde o rio, apertado entre montanhas alcantiladas, se despenha para o Nascente. Por isso, abicamos neste ponto as nossas canoas e marchamos outra vez a pé, ao longo de outro rio que desce do lado ocidental e não se presta a navegação. Com cinco ou seis dias de marcha, chegamos à raiz de um monte altíssimo, e, ....."
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Nota: O Ribeiro da Limeira é o rio que desce do lado ocidental, limite da navegabilidade do Rio Paraiba, em razão das "catadupas".