Em 2 de março de 1681, com aprovação de D. Rodrigo, a Câmara de São Paulo nomeou Estêvão Sanches de Pontes para ir como sargento-mor da sua tropa; como desde 8 de fevereiro de 1679 tinha nomeado para Capitão Manoel Cardoso de Almeida, formaram-se assim três companhias. A tropa de D. Rodrigo partiu a 19 de março de 1681 com 240 homens, entre os que Matias Cardoso de Almeida como tenente-general adjunto; o capitão-mor Brás Rodrigues de Arzão, o sargento-mor Antônio Afonso Vidal; sargento-mor Estêvão Sanches de Pontes; Manuel Cardoso de Almeida, João Saraiva de Morais, Domingos do Prado (filho de João do Prado da Cunha e Mécia Raposo);Jerônimo Cardoso, o filho deste Francisco Cardoso, João Dias Mendes, André Furtado de Mendonça como capitão de companhia. A morosidade dos preparativos havia irritado os Paulistas mas D. Rodrigo saiu bem apetrechado, tropa de animais, víveres e munições, cuidados especiais. Havia 120 trabalhadores para as minas, 60 indios para condução dos objetos de D. Rodrigo, mais 60 índios de Matias Cardoso. Chegaram a Atibaia já a 24 de março.
Por grande ironia, data de 27 de março de 1681 carta em que Fernão Dias Pais, do sertão, escreve: Deixo abertas cavas de esmeraldas no mesmo morro donde as levou Marcos de Azeredo, já defunto, coisa que há de estimar-se em Portugal." A tradição quer que tais esmeraldas tenham sido colhidas na região dos rios Jequitinhonha e Araçuaí.
A 19 de abril de 1681 diz-se que «fugiam-lhe índios na passagem de Sapucaí». Assim, o caminho seguido portanto não foi o de Paraíba do Sul. Tal caminho de Atibaia ou de Sapucaí e o do Paraíba do Sul se comunicavam, porém, por diversas gargantas na serra da Mantiqueira. Na região de Santo Antônio da Cachoeira ou Piracaia, as gargantas do rio Cachoeira e Muquem, afluentes do rio Atibaia e situados entre os morros do Lopo e a pedra do Selado; fronteiras a Jacareí, as gargantas do rio do Peixe e do rio das Cobras, afluentes do Paraíba e situados ao sul da pedra do Selado; fronteiras a São José dos Campos, as gargantas do rio Buquira; fronteiras a Pindamonhangaba, e entre os morros do Itapeva e Pico Agudo, a garganta do Piracuama; a partir do Jacareí, as gargantas convergem para a região mineira do Sapucaí, hoje São José do Paraíso, Santana do Sapucaí, etc. Fronteiras a Guaratinguetá, as gargantas do Pragui e Guaratingueta; a fronteira de Lorena a Piquete, fronteira de Cachoeira (Bocaina) há a garganta do Embaú, onde se fez a habitual entrada para as Minas Gerais, ganhando o vale do Passa Vinte depois da travessia da Serra. Os animais levados por D. Rodrigo irão reforçar, com frutas e sementes, os arraiais de Baependi e na Ibituruna, falados antes, de Jaques Felix. E Lourenço Castanho Taques havia limpado os caminhos dos índios, conquistados no lugar batizado por isso mesmo Conquista.
Em 4 de junho de 1681 D. Rodrigo escreveu carta, do arraial de São Pedro do Paraopeba (Taques ainda diz Paraipeva) em que felicita Fernão Dias Pais pelos seus serviços nos descobrimentos de esmeraldas. Avançavam lentamente pois grande parte da matalotagem de Castelo Branco, em cavalos por falta de índios, dava consideravel trabalho ao ajudante João Carvalho Freire.
Mapa: Fonte: http://migre.me/8oW13
Fonte:Origem: Wikipédia http://migre.me/8oSHd
Obs: Paulistica: Prado, Paulo, História de São Paulo, Companhia Gráfica, Editora Monteiro Lobato, São Paulo, 1923, pág 129/130:
".....para a serra de Sabaraçu, em procura dos legendarios tesouros seguiu, depois de demorados preparativos, Fernão Dias, a quem desde 1664 se dirigira o rei d. Affonso pedindo que se interessasse pela empresa confiada então a Barbalho"
"Já em dezembro de 1665 estava ele em correspondência com Barbalho, resolvido a 'conseguir a jornada das Esmeraldas', planejando-a para maio próximo, e para que cuidava já dos mantimentos"
Nota: Consta do texto a assertiva relativa ao caminho percorrido por Fernão Dias e a tropa de D. Rodrigo, em direção ao sertão do sabaraçu no sentido que: "Assim, o caminho seguido portanto não foi o de Paraíba do Sul". Todavia, faz-se necessário situar o fato no tempo e no espaço, em especial no que diz respeito ao universo em que está contido. Quer-se dizer que, após longos anos de planejamento, objetivando a jornada das Esmeraldas, em especial no que diz respeito a logística, voltada ao mantimento para sustento da tropa. Alguém ousaria afirmar que as roças de Bento Rodrigues se estabeleceria em outro contexto que não fosse pela rota longamente planejada. Ademais em se tratando da referência ao Rio Sapucaí, é possível inferir que percorreu o mesmo caminho de tantas outras expedições que desembocaram no Alto Sapucaí, pela Garganta de mesmo nome. Ou seja, ainda que a Garganta do Embaú, tratasse de um caminho também antigo, quem passando os diversos rios, em conformidade com o Roteiro de André João Antonil, chegava direto ao Rio Grande, não se havendo de cogitar de travessia do Sapucaí, por esse caminho. Ademais, haja vista, das coordenadas geográficas, as expedições em demanda do Oeste, por uma questão de lógica poderiam seguir por outro caminho? Definitivamente Fernão Dias entrou para o sertão pelo desfiladeiro de Itajubá, Garganta do Sapucaí, Raiz do Monte na descrição de Alexandre Grymmer, Amantiqueira Quadrilheira do Padre João de Faria Fialho, uma enorme montanha coberto de floresta em conformidade com a descrição de Athony Knivet, ou seja, pelo hoje designado Meia Lua, Bairro da Boa Vista.