terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Pré-história da América: Povoamento do continente e primeiras civilizações Comente (Transcrição)

O caçador se abaixou e aproximou suas narinas do solo. Queria descobrir ali o que há dias não encontrava no ar. O cheiro forte da manada de bisontes, que se acostumara a rastrear com facilidade, tinha desaparecido. Isso o preocupava. Não só pela fome que já o atormentava, mas por que sabia da importância da carne para a sobrevivência de seu grupo. Sem a caça, a tribo que liderava estaria condenada à extinção. Ele estava acostumado a vaguear por extensos territórios em busca de alimentação. Porém, nunca tinha ido tão longe. A paisagem que o cercava era inteiramente nova.
Um relato fictício como esse serve para ilustrar o que deve ter ocorrido na última Era Glacial (entre 70 mil e 12 mil anos atrás), numa época em que, devido ao congelamento, o nível do mar teria baixado em torno de cem metros. Com isso, criou-se uma imensa faixa de terra unindo o que são hoje os territórios da Ásia e do Alasca, na América do Norte. Esse território, chamado de Beríngia, localiza-se onde hoje se situa o estreito de Bering e teria se tornado uma verdadeira ponte pela qual grupos de caçadores asiáticos teriam chegado ao continente americano no rastro dos animais que se deslocavam pelo mesmo caminho.
Entretanto, essa não é a única teoria levantada para explicar o aparecimento do homem na América. Outra linha da pesquisa científica defende que povos da Malásia ou da Polinésia teriam se deslocado pelo oceano Pacífico e chegado à América em torno de 14 mil anos atrás. A questão mais debatida é quais teriam sido as datas de tais migrações? Muitos defendem que teriam ocorrido a partir de 12 mil anos atrás, outros falam em torno de 40 mil anos. De qualquer forma, essas duas teorias, em conjunto, contribuem para o estudo da origem do homem americano, auxiliando na compreensão das diferenças físicas e culturais dos primeiros habitantes do continente.
............................................................................................................................. 
Obs: "Pesquisadores descobrem marcas de DNA polinésio em índios botocudos - Trechos do DNA de populações polinésias foram encontrados no genoma preservado no crânio de índios brasileiros do século 19. Descoberta pode ajudar a compreender as ondas migratórias que povoaram a América" 
................................................................................................................................
(Transcrição)  CONHEÇA A PESQUISA
Título original: Identification of Polynesian mtDNA haplogroups in remains of Botocudo Amerindians from Brazil
Onde foi divulgada: periódico PNAS
Quem fez: Vanessa Faria Gonçalves, Jesper Stenderup, Cláudia Rodrigues-Carvalho, Hilton P. Silva, Higgor Gonçalves-Dornelas, Andersen Líryo, Toomas Kivisild, Anna-Sapfo Malaspinas, Paula F. Campos, Morten Rasmussen, Eske Willerslev e Sérgio Danilo J. Pena
Instituição: Universidade Federal de Minas Gerais
Dados de amostragem: Dois crânios de índios botocudos mortos no século XIX
Resultado: Os pesquisadores descobriram no genoma preservado nesses crânios alguns trechos de DNA pertencentes a populações que habitam a Polinésia, nos sudeste asiático. Os testes genéticos foram realizados em dois laboratórios diferentes, no Brasil e na Dinamarca, para garantir a confirmação dos dados.

.............................................................................................................................

Fonte: http://migre.me/gXLkT

GUIA DA UNESCO - Una guía para la administración de sitios e itinerarios de memoria.

Ficha 22: Ruta de la libertad (A Rota da Liberdade), São Paulo, Brasil (A Rota da Liberdade), São Paulo, Brasil ■ ANTECEDENTES ■ ANTECED...