sábado, 12 de novembro de 2016

Cronologia de 500 anos da Mineração no Brasil (Transcrição)

A seguir, é apresentada a cronologia completa dos 500 anos da mineração no Brasil, a qual identifica, inclusive, os principais acontecimentos relacionados à atividade em Minas Gerais. 
1494 Firmado em 7 de junho, entre a Espanha e Portugal, o Tratado de Tordesilhas estabeleceu limites das novas descobertas. A parte leste do Brasil ficaria em poder de Portugal.
1500 Descobrimento do Brasil por Pedro Álvares Cabral, em 22 de abril. 
1552 Evidência mais antiga de ocorrência de ferro, noticiada por meio de carta a D. João III, Rei de Portugal, pelo Bispo Afonso Sardinha. 
1590 Descoberta a primeira jazida de ouro, próxima ao Pico do Jaraguá, Capitania de São Vicente, nas proximidades da atual cidade de São Paulo. 
1591 Introduzidas no Brasil as forjas catalãs, em Araçoiaba, nas proximidades da atual cidade de Sorocaba, São Paulo, onde anteriormente haviam sido identificadas ocorrências de ferro (magnetita), informadas por Afonso Sardinha. 
1595 Organizada a primeira expedição ao interior do Brasil à procura de ouro, a partir de Parati até a bacia do Rio Sapucaí, em incursão de Martim de Sá. 
1597 Primeira tentativa de produção de ferro em escala comercial, em Araçoiaba, por Afonso Sardinha Filho. 
1603 Primeira referência à legislação mineral no Brasil, de 15 de agosto.
1618 Elaborado o regimento das minas de São Paulo e São Vicente, restabelecendo a liberdade de exploração de jazidas, extensiva a índios e estrangeiros. 
 1652 Publicada pela primeira vez a legislação mineral, de 15 de agosto de 1603. Nessa época, as jazidas de ouro em lavra situavam-se em Jaraguá, nas proximidades de São Paulo; na Serra da Jaguamimbaba, hoje Serra da Mantiqueira, no local denominado Lagoas Velhas do Geraldo; Freguesia de Guarulhos, São Paulo; Serra do Uvuturuna; morro próximo à Vila do Apiaí; e ainda nos Distritos de Curitiba, Iguape, Cananéia e Vila de Serra Acima. 
1674 Carta Régia incentiva os colonos a buscarem ouro. Fernão Dias Pais Leme organiza uma bandeira, que explora por sete anos os vales dos Rios das Mortes, das Velhas, Paraopeba, Araçuaí e Jequitinhonha, de grande importância, pois, embora não tendo a expedição descoberto jazidas, traça o caminho de futuras descobertas. 
1680 Primeira descoberta de ouro atribuída a Manuel Borba Gato em terras do atual Estado de Minas Gerais, nas margens do Rio das Velhas.
1682 A bandeira de Bartolomeu Bueno da Silva, o Anhanguera, apesar de não conseguir descobrir jazidas de ouro, encontra, em Goiás, indígena com ornamentos de ouro nativo. 
1699 A Bandeira de Antônio Dias chega aonde hoje se localiza a cidade de Ouro Preto, então Vila Rica, na região das Minas de Ouro, atualmente o Estado de Minas Gerais; encontra ouro em abundância. 
1700 Adotado o “quinto do ouro”, sistema de tributação previsto no regimento de 1603, que definia o pagamento à Coroa Portuguesa de 20% do ouro apurado e fundido. 
1701 A Guerra de Sucessão na Espanha dificulta a exploração do ouro no Brasil, pois Portugal estava envolvido no conflito. São descobertas novas jazidas de ouro em Minas Gerais (Caeté, Cuiabá, Morro Vermelho e Ribeirão Comprido). 
1702 Descoberta de ouro em Jacobina, Bahia; descoberta de ouro em Serro do Frio, em Itacambira e em Conceição do Mato Dentro, Minas Gerais. 
1703 Assinado o Tratado de Methuen (entre Portugal e Inglaterra), cuja consequência foi uma grande evasão de ouro da região das Minas de Ouro, recém-descoberta. 
1704 Descoberta jazida de ouro em São João del-Rei e Santa Bárbara, Minas Gerais. 
1706 Descoberta jazida de ouro em Airuoca, Minas Gerais.
1708 Final da Guerra dos Emboabas, que ocorreu por uma disputa pela posse das minas de ouro entre paulistas, que foram seus descobridores e primeiros colonizadores, e emboabas, portugueses e outros brasileiros, que também aspiravam explorar o ouro.
1710 Definido em São Paulo que o quinto (imposto sobre a produ- ção de ouro) seria cobrado à razão do número de bateias, isto é, per capita. Descobertas as jazidas de ouro de Pitangui, Minas Gerais. 1714 Entra em vigor o sistema tributário denominado “finta”, que estabelece o pagamento de 30 arrobas de ouro (1 arroba = 14,7kg) à Coroa Portuguesa. A produção não necessita ser registrada. 1719 O imposto volta a ser cobrado por meio do quinto, pelas casas de fundição. É proibida a circulação de ouro em pó. O bandeirante Pascoal Moreira Cabral descobre ouro em Mato Grosso.
1720 Ocorre em Vila Rica a revolta de Filipe dos Santos, que, opondo-se à política tributária, lidera um movimento de relevância devido ao número de mineradores participantes e à maneira como seria neutralizado. Como consequência, é criada a Capitania das Minas, separando-se a região da Capitania de São Paulo. 1720 Descoberta rica jazida de ouro em terras de Mato Grosso, que dá origem à Vila de Cuiabá.
1721 Incentivados pelo governo da Capitania de São Paulo, Bueno Filho e João Leite da Silva formam expedição à procura de ouro em Goiás. 
1725 Criado o imposto de captação, que recai sobre escravos produtivos ou não, maiores de 14 anos, ou sobre o minerador, quando este não os possuísse.
1727 Inicia-se a mineração de ouro no vale do Rio Araçuaí, Minas Gerais. 
1729 Noticiada oficialmente a descoberta de diamantes no Tejuco, atual Diamantina, pelo Governador das Minas, Dom Lourenço de Almeida. Descoberta de ouro em Goiás (Serra Dourada, Arrais, Conceição e Cavalcanti).
1730 Cai o preço dos diamantes no mercado europeu em função da produção diamantífera do Brasil.
1731 A Coroa Portuguesa proíbe a exploração de diamantes no Brasil. 1732 Descobertos diamantes na Bahia.
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